Já tenho uma lista de indispensáveis na minha luta contra o plástico descartável e - sobretudo - desnecessário. Alguns são óbvios e - assim espero - usados pela maioria das pessoas, outros nem tanto.

Querem conhecê-los?

•  Sacos - talvez a primeira grande mudança. E não falo dos sacos para as compras de supermercado porque esses, movidos pela taxa criada em 2015, já todos usamos há muito, quanto mais não seja para poupar a carteira. Falo de todos os outros sacos que, sem darmos conta, inundam o nosso dia-a-dia. A minha consciencialização para este problema começou a partir do dia em que percebi o EXAGERO de sacos de plástico leve (aquele que se desfaz em microplástico) que se gasta nas frutas e legumes. Nos mercados, nas mercearias e principalmente nas grande superfícies onde os sacos estão ali, à mão de semear, sem qualquer regra ou limite. Desde há muito que me olham com ar desconfiado sempre que chego à caixa com tudo na mão e com as etiquetas coladas nas mãos, nos meus sacos, na lista de compras.  Felizmente as coisas estão a mudar e já há grandes cadeias de supermercados a dar novas alternativas. Confesso que a situação que me está a ser mais difícil incutir este hábito é nas compras de centro comercial - roupa, calçado e afins. O meu cérebro ainda não liga automaticamente o chip do saquinho quando decido ir a uma dessas grandes superfícies. Talvez seja o meu inconsciente a dizer-me que não tenho nada para comprar. 😆

• Garrafa de água - uso uma 24bottles e estou mega satisfeita. Já tinha usado outras marcas que acabavam por ganhar imenso cheiro e esta tem-se revelado impecável nesse aspeto. Para além da lindeza que é 😊. Poupamos no plástico mas também na atmosfera que se vai livrando de alguns kg de CO2. 

• Escova de dentes - Uma das últimas aquisições. Credo 😳, só agora, perguntam vocês. Sim, só agora. Tenho feito mudanças em prol do ambiente. Quando compro, tento a escolha mais ecológica. Mas, e se tiver tanto stock em casa que não preciso de comprar? Vou deitar fora? Óbvio que não. Já vos disse noutras ocasiões, quero ser ambientalmente responsável mas não parva. As escovas de dentes fazem parte do cabaz de natal que a empresa oferece pelo que nem sempre se compram. 

O mais pequeno já tem a sua Babu há algum tempo. Eu estou a conhecer a HydroPhil e estou muito satisfeita. 

• Guardanapos de pano - Neste momento só existem guardanapos de papel em casa para visitas e para a criança, por ainda se sujar demasiado em cada refeição. O gasto em detergente e água dos guardanapos de pano é irrisório pelo que poupamos atualmente algum plástico e bastante papel aqui por casa com esta mudança. Estes são da Zara Home.

• Bolsa para o lanche - Com isto acabámos com os saquinhos de plástico e fecho zip. Mesmo fazendo alguma reutilização, a esperança média de vida de uma bolsa destas é largamente superior à dos sacos com fecho zip, ainda que de sejam de boa qualidade. Estas são as Snack'n'Go da RollEat. Confesso que pensei na possibilidade DIY (sou amante de costuras e adoro inventar) mas fiz contas ao quanto ia gastar em tecido, velcro, tecido plastificado para o interior e deslocação e achei que não compensava. No entanto, aguardo o acumular de "restos" de tecidos para fazer umas quantas bolsinhas personalizadas.

• Tapete para embrulhar sandes - Com isto acabámos com as sandes embrulhadas em guardanapos, papel de cozinha ou papel de alumínio. Ajusta-se à dimensão necessária e é muito fácil de lavar o interior por se poder abrir na totalidade. E durante a degustação, serve como individual. Também é uma aquisição da RollEat, gama Boc'n'Roll. 

• Palhinha de bambu - não será um verdadeiro indispensável para mim, pois vivo bem sem elas. Usei muitas, é certo, mas quase sempre sem grande necessidade. Só há um local onde me custa verdadeiramente não usar palhinha - o McDonalds. Aqueles copos meio moles e as bebidas sempre com muito gelo fazem com que a "degustação" não seja a melhor. E ninguém vai ao McDonalds para não desfrutar da refeição certo? Já basta todo o peso na consciência sempre que nos lembramos das calorias que acabámos de ingerir. Entretanto recebi no meu aniversário um conjuntinho de eco-gifts onde estavam 2 palhinhas e 1 escovilhão - ambos da Bamstraw - pelo que passaram a fazer parte do meu kit. As de bambu, apesar de menos duradouras que as de inox, têm a vantagem de se poderem usar com frios ou quentes, sem problemas.

• Talheres de madeira - Durante muito tempo comia, ocasionalmente, "comida de marmita". Por norma, ou almoçava em casa ou no trabalho e por isso, quando levava almoço acabava por usar os talheres de casa. Deixou de me parecer útil andar com eles atrás agora que almoço muitas vezes fora de portas e estes encaixam na perfeição na bolsinha da palhinha. Assim, tenho o kit sempre comigo - também da Bamstraw.

Nos últimos tempos temos investido cada vez mais em opções #zerowaste e os champôs em barra são só uma das mudanças. No meu caso, para além da preocupação em diminuir o plástico descartável, surgem principalmente pela procura de soluções menos agressivas para o couro cabeludo.

De há uns anos a esta parte que tenho "manifestações emocionais" na cabeça/cabelo e desde que fui mãe as "crises" tornaram-se mais frequentes. Tenho o couro cabeludo extremamente sensível e com escamação frequente e desde há muito que os champôs convencionais de supermercado deixaram de fazer parte da minha vida. Numa primeira fase optei por champôs sem parabenos mas depois da primeira entrada na Lush rendi-me totalmente aos cheiros - e aos produtos - da marca.

Comecei por experimentar o champô em barra para couro cabeludo sensível mas como a oleosidade também é uma constante na minha vida acabei por adquirir também um que fosse indicado para essa condição - e lavo alternadamente com um e outro. Costumo dizer que tenho todos os dramas capilares numa cabeça só e é por isso muito difícil encontrar um produto que resolva todos em simultâneo. Até ver, esta dupla funciona lindamente 😉.

Gosto muito do atendimento que fazem em loja, sempre muito disponíveis mas a saberem dar o espaço necessário quando ainda estamos “só a ver”. As barras duram imenso tempo - a lilás já tem mais de 1 mês e a beje mais de 3 (mas atenção, têm que ficar acondicionadas num local seco para não se gastarem “sozinhas”). São super práticas e fazem bastante espuma.

Por aqui gostamos muito mais ainda não generalizámos o conceito a outros produtos por um motivo muito simples  - temos ofertas de produtos de higiene com alguma frequência e guiamo-nos pelo bom senso. Não vamos deitar fora um frasco de gel de banho novo só para comprar uma opção sem plástico, certo?! Utilizamos o que temos e quando voltar a ser necessário comprar, aí sim, escolheremos uma opção eco-friendly.

Visitem a loja e peçam ajuda! Têm imensa variedade e de certeza que vão encontrar os produtos ideias para o vosso caso. Deliciem-se com o cheirinho e façam a vossa parte na busca por um mundo mais sustentável.

À esquerda - “Jumping Juniper” - o aliado no combate contra a oleosidade.

À direita - “Soak and Float” - o ansiolítico do meu couro cabeludo

Desde 2015 que nos fomos habituando a levar os nossos sacos reutilizáveis sempre que vamos ao supermercado. Quem não se lembra da montanha de sacos disponíveis no final das caixas, usados sem regras, sem critério, sem limite. Recordo-me de pessoas que punham 2/3 produtos em cada saco para levarem muitos sacos para casa ou até de pessoas que levavam um molho de sacos extra, sem que ninguém dissesse nada.

Na altura muito se reclamou mas o que é certo é que rapidamente percebemos que seria um gasto extra (e completamente desnecessário) continuarmos a "trazer" sacos de plástico do supermercado. Infelizmente vivemos num país em que a maioria das pessoas só muda hábitos quando ganha ou perde dinheiro. Está na altura de percebermos que quando o planeta perde, nós (e os nossos) também perdem. 

Seguindo esta toada de eliminação dos sacos de plástico porque não começar a trazer a fruta e os legumes num saco reutilizável? E perguntam vocês: como pesar e colar a etiqueta? Fácil 👌🏼Pesam sem saco e colam a etiqueta 1) na lista das compras 2) no saco reutilizável 3) no rebordo do carrinho. Depois quando chegarem à caixa passam o saco e entregam as etiquetas ao funcionário (que as pode deitar fora assim que registar). 

Já levo alguns meses disto e posso garantir que é perfeitamente executável. Já me cruzei com olhares de dúvida, de reprovação mas também já expliquei a muitas pessoas o que estava a fazer, como fazer e - mais importante ainda - o porquê de o fazer. 

Até agora nunca tive problemas na caixa. Sou sempre confrontada com aquele olhar de surpresa (o que é grave pois significa que ainda há pouca gente a fazer o mesmo) mas nunca colocaram problemas. De qualquer forma, se forem confrontados com "como é que sei que pesou tudo?" podem sempre responder que quem é desonesto será sempre desonesto, quer pese dentro de sacos ou não. 

Da próxima vez que forem às compras, experimentem. E partilhem as vossas experiências. 😉